Á
hora de redactar esta entrevista xa está a venda material novo de
XERIÓN. O pasado Día Nacional de Galicia saltaban á loucura da
rede 'Danças de agonia e peste'. Nocturno, que nos atopamos en
https://xeriongaliza.bandcamp.com/album/dan-as-de-agonia-e-peste
?
Saudos
Félix! Mil grazas por fazer esta entrevista do XERIÓN.
"Danças
de agonia e peste" foi ideado e registrado durante o
confinamento, e nele misturam-se seis pequenas e novas composiçóns
mais uma versom duma cançom dos OMINOUS numa onda medieval
interpretadas com réplicas de instrumentos antigos e/ou tradicionais
(pito maragato, órgão positivo, oud, cítola, sinfonia e
psaltério). A nivel estrutural e compositivo som uma homenagem ás
sete cantigas de amigo de Martim Códax, assí como os textos que as
acompanham, mais nom a temática, que leva um aquele futurista (ou
cecais nom?) e claramente distópico.
Centrémonos
na anterior proposta, 'O Nada no Caos Infinito', onde nos fas pasar
pola fraga, a noite, un día, outra noite en desesperación, ata
chegarmos a unha casa na que ferve un caldeiro. Todo isto seguindo as
letras do disco. Teñen un senso de camiñar, de movemento, ou a orde
non foi programada?
A
orde das cançóns foi programada uma vez forom compostas por
separado. Algumas delas remateinas durante a própia gravaçom, como
"Perdido no abafante silêncio da angústia" que tem muito
de improvisaçom no momento; outras tenhem melodias e harmonias
bastante anteriores, como "Na infame terra dos miseráveis",
ou "Nesta hora de pálida saudade", que já registrara o
outono passado num ensaio; incluso há uma, "Do insondável e
abismal empíreo", cuja letra escrevim a partires do maravilhoso
desenho que Brais Remeseiro Portela fez prá cinta. Uma vez escritas
e, como digo, com algumas já registradas ou em processo, foi quando
fixei uma ordem tendo em conta mais o aspeto sonoro que lírico, de
como queria que fosse a evoluçom de velocidades e intensidades,
ambientes e sensaçóns, pra unir num todo várias partes tam
diferentes e em princípio inconexas.
En
'A essência do Abismo' atopabámonos cun percorrido pola fraga,
paralelo a outro interior, nunha gama contemplativa dende a beleza
ata o afundimento, pasando pola loita. Neste 'Nada' o camiño
céntrase mais nesa dimensión escura do camiñante, que non parece
atopar motivos belos de contemplación, nin no ceo nin na terra. Mais
segues falando da esperanza, inda que estea agochada no mesmo Abismo
aterrador. A impresión duns cantos escuros xa aparece con esa
portada tan curiosa.
Nom
es a primeira persoa que atopa e sente uma certa esperança na música
do XERIÓN. Cecais tenha que ver com serem cançóns compostas a modo
de catarse persoal, nadas duma profunda necessidade de serem
plasmadas em sons diferentes sensaçóns, pensamentos e visóns
persoais que geralmente tenhem que ver com aspetos negativos da minha
existência. Mais que no fundo agocham um anseio, uma busca de
superaçom e crescimento persoal que, dum jeito ou doutro, amossam
essa certa esperança em seguir o caminho que a Negra Sombra tenha
traçado, algo ao que ajuda infinitamente a contemplaçom da Luz no
infinito da Noite...
Este
sexto álbum é de dixestión pausada, é dicir, a min costoume
meterme nel, parecíame como un caixón de recordos revoltos que, con
cada nova audición, iban coincidindo ou diferenciábanse moitísimo
uns de outros. Lonxe de ser un álbum de consumo ou disfrute rápido,
semella que queres que lle demos tempo e que non nos fiemos da
primeira impresión. Podes compartirno un pouco do que hai dentro de
ti á hora deste novo "afam de experimentaçom (que também),
froito de um processo estético e ideológico"?
Quando
rematamos de gravar "A essência do Abismo" sentim a
necessidade de fazer algo mais primitivo e singelo á hora de
registrar as cançóns, sentimento que se incrementou ao rematarmos o
EP "Derradeira saudade na lua lânguida" o passado outono.
Começou a rondar-me pola cabeça ate que punto influem os límites
concetuais (sobre tudo sonoros) nos que deve de mover-se o Metal
Negro, e, já que logo, as opinións alheias sobre o nosso trabalho.
Quando
comecei há quase vinte anos no XERIÓN escrevia o material pensando
numa banda real formada por bateria, uma ou duas guitarras, baixo,
teclados e voz, com eventuais instrumentos tradicionais e/ou antigos.
Mais estava eu sozinho, gravando tudo com médios rudimentários e
coa ajuda duma caixa de ritmos. Pouco a pouco, e naqueles primeiros
anos, fum dando passos pra lograr o ideal que duma banda tinha na
minha mente, tanto a nivel formaçom (coa incorporaçom doutras
persoas ao projeto) como a nivel técnico (fazendo-me com milhores
médios tanto pros diretos como gravaçóns), e achegar-me assí a
ele sem perder uma certa identidade. Até que punto foi consciente ou
inconsciente, nom o sei... mais si que, no fundo, essa foi a minha
linha de trabalho.
Mais,
pensando bem nelo, nom deixa de ser uma certa impostura, sobre tudo
nos últimos tempos nos que somente quedamos Daga e mais eu, coa
contínua colaboraçom de O Rei Celta No Exílio quando o requerimos.
No quarto álbum "Escárnio, Maldizer e Morte" fizemos uma
primeira aproximaçom reduzindo aos mínimos elementos a sua gravaçom
pensando no direto: guitarra, teclado e voz... e ainda assí gravei
por separado a bateria...
Desta
vez tocava dar um último passo, e fazer um álbum pensando, por um
lado, numa caixa de ritmos co seu som artificial e mecánico, nom
numa persoa hipotética e ideal; e polo outro, nos mínimos elementos
pra cada cançom, evitando tudo o supérfluo na busca de cadansua
ideal essência. E tudo ele cum som rudimentário e primitivo, em
muitos casos com médios demasiado singelos e à primeira toma,
incluindo sons ambientais nom buscados mais que, bom, aparecêrom aí,
e aí quedárom...
Sei
que muita gente, incluso alguma que gosta dalgúns trabalhos
anteriores do XERIÓN, nom vai a escuitar mais duns poucos segundos,
bem pola sonoridade tam ruda e nalgúns momentos desagradável, bem
no momento no que ouva a caixa de ritmos, bem polo cecais
desconcertante de tudo ele... Bom, este álbum nom foi composto pra
elas... nim sequera está composto pra ouvir em qualquer momento...
Mais
bem é certo que, a dia de hoje, creo que é o mais preto que esteve
do meu ideal do Negro Metal da Morte...
Tódalas fotos foron xentilmente cedidas para o seu uso aquí por Nocturno.
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