(Primeira parte desta entrevista)
Os temas 1, 5 e 9, separados entre eles sempre por outros tres, conforman o núcleo do título principal. Tamén podemos descubrir como unilos ou como conflúen polo uso do son do vento, o órgano, a frauta... De todas, por coller un só aspecto, para quen siga a Xerión non é unha sorpresa o uso da verba Nada. Unha Nada que, estou seguro, inda que non a definas e delimites, para ti seguro que significa moito.
De quando em vez esperto de noite, pensando no sentido da existência, na Morte, e medra uma estranha mais tranquila (digamos que aprendim a vivir com ela) sensaçom de vazio. Esse Nada que vislumbro detrás de tudo o anterior é o que colhe forma de jeito lírico e sonoro em muitas das minhas cançóns. É aquele que se esconde, inexorável, no Caos Infinito...
Xerión é un camiño de persoal expresión musical de Nocturno, seguindo o teu sentir, máis que modas ou estilos concretos. E un vai vendo como plasmas nos seus temas inquedanzas culturais diversas. De feito, persoalmente, sinto en "Condenaçom" e "Do insondável e abismal empíreo" ecos do Negro Círculo Minhoto, dos grupos VRK e Sordida Nox, no uso da distorsión constante ou o estilo declamativo á hora de expresar a letra.
Dum jeito ou doutro si que, ainda que nom se queira, certos toques acabam destilando-se duns projetos aos outros, já que, bom, uma das cabeças pensantes está detrás de tudos eles. E se ainda por riba, há alguém coma ti que os ouve cuma certa meticulosidade e atençom, as semelhanças tornam-se-lhe óbvias. Dizer que antes de VRK e SORDIDA NOX já experimentaramos no XERIÓN com distorçóns mais extremas, passagens lentas e agónicas e vozes declamadas, se bem desta vez cecais sejam mais evidentes... O poder experimentar e trabalhar mais nesses outros jeitos de expressom nos outros projetos fai que agromem com maior intensidade e dum modo natural no XERIÓN...
Abençoadas ovelhas brancas do Metal, he, he, he. Bom, nom buscamos selo... nim tampouco negras... Somente fazemos música o mais humilde e sinceramente possível que sabemos e podemos através da linguagem e expressom do que entendemos por Negro Metal da Morte misturado com outros elementos que sentimos e vivimos como própios, como a música tradicional galega e certas músicas antigas europeias... Cada novo trabalho é um processo que começa cuma necessidade profunda que se torna em febril incomodidade e que nom atopa acougo ate que nom é rematado, polo que a impressom final é de liberaçom e descanso.
"O Nada no Caos Infinito" ainda é um trabalho recente, polo que nom sei como as suas futuras audiçóns irám evoluindo em mim... Mais si que podo dizer, a dia de hoje, que estou mui satisfeito dos processos de gestaçom e composiçom, registro e ediçom, que o fizeram possível...
Unha vez máis, graciñas, Nocturno, por atenderme e facernos partícipes da insondable alma de Xerión.
Eternas grazas de novo a ti Félix, por tudo o apoio e interesse neste projeto.
Vémonos no Inferno!
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