lunes, 31 de agosto de 2020

Entrevista a Nocturno , Xerión agosto 2020 II

(Primeira parte desta entrevista)


Os temas 1, 5 e 9, separados entre eles sempre por outros tres, conforman o núcleo do título principal. Tamén podemos descubrir como unilos ou como conflúen polo uso do son do vento, o órgano, a frauta... De todas, por coller un só aspecto, para quen siga a Xerión non é unha sorpresa o uso da verba Nada. Unha Nada que, estou seguro, inda que non a definas e delimites, para ti seguro que significa moito.


De quando em vez esperto de noite, pensando no sentido da existência, na Morte, e medra uma estranha mais tranquila (digamos que aprendim a vivir com ela) sensaçom de vazio. Esse Nada que vislumbro detrás de tudo o anterior é o que colhe forma de jeito lírico e sonoro em muitas das minhas cançóns. É aquele que se esconde, inexorável, no Caos Infinito...

Xerión é un camiño de persoal expresión musical de Nocturno, seguindo o teu sentir, máis que modas ou estilos concretos. E un vai vendo como plasmas nos seus temas inquedanzas culturais diversas. De feito, persoalmente, sinto en "Condenaçom" e "Do insondável e abismal empíreo" ecos do Negro Círculo Minhoto, dos grupos VRK e Sordida Nox, no uso da distorsión constante ou o estilo declamativo á hora de expresar a letra.

Dum jeito ou doutro si que, ainda que nom se queira, certos toques acabam destilando-se duns projetos aos outros, já que, bom, uma das cabeças pensantes está detrás de tudos eles. E se ainda por riba, há alguém coma ti que os ouve cuma certa meticulosidade e atençom, as semelhanças tornam-se-lhe óbvias. Dizer que antes de VRK e SORDIDA NOX já experimentaramos no XERIÓN com distorçóns mais extremas, passagens lentas e agónicas e vozes declamadas, se bem desta vez cecais sejam mais evidentes... O poder experimentar e trabalhar mais nesses outros jeitos de expressom nos outros projetos fai que agromem com maior intensidade e dum modo natural no XERIÓN...

 
Este 'O Nada no Caos Infinito' é extremo en canto á proposta, mais a nivel instrumental e por xénero musical, combina estilos, non sempre extremos, entendido no mundo do Metal. Que impresións che deixou cando o escoitaches rematado? É un recordatorio de que seguides sendo, naquela expresión que che escoitei hai anos, as "ovellas brancas" do Metal?

Abençoadas ovelhas brancas do Metal, he, he, he. Bom, nom buscamos selo... nim tampouco negras... Somente fazemos música o mais humilde e sinceramente possível que sabemos e podemos através da linguagem e expressom do que entendemos por Negro Metal da Morte misturado com outros elementos que sentimos e vivimos como própios, como a música tradicional galega e certas músicas antigas europeias... Cada novo trabalho é um processo que começa cuma necessidade profunda que se torna em febril incomodidade e que nom atopa acougo ate que nom é rematado, polo que a impressom final é de liberaçom e descanso.

"O Nada no Caos Infinito" ainda é um trabalho recente, polo que nom sei como as suas futuras audiçóns irám evoluindo em mim... Mais si que podo dizer, a dia de hoje, que estou mui satisfeito dos processos de gestaçom e composiçom, registro e ediçom, que o fizeram possível...

Unha vez máis, graciñas, Nocturno, por atenderme e facernos partícipes da insondable alma de Xerión.

Eternas grazas de novo a ti Félix, por tudo o apoio e interesse neste projeto.

Vémonos no Inferno!

 
 

sábado, 29 de agosto de 2020

Entrevista a Nocturno, Xerión agosto 2020

Á hora de redactar esta entrevista xa está a venda material novo de XERIÓN. O pasado Día Nacional de Galicia saltaban á loucura da rede 'Danças de agonia e peste'. Nocturno, que nos atopamos en https://xeriongaliza.bandcamp.com/album/dan-as-de-agonia-e-peste ?
 
Saudos Félix! Mil grazas por fazer esta entrevista do XERIÓN.
 
"Danças de agonia e peste" foi ideado e registrado durante o confinamento, e nele misturam-se seis pequenas e novas composiçóns mais uma versom duma cançom dos OMINOUS numa onda medieval interpretadas com réplicas de instrumentos antigos e/ou tradicionais (pito maragato, órgão positivo, oud, cítola, sinfonia e psaltério). A nivel estrutural e compositivo som uma homenagem ás sete cantigas de amigo de Martim Códax, assí como os textos que as acompanham, mais nom a temática, que leva um aquele futurista (ou cecais nom?) e claramente distópico.
 
Centrémonos na anterior proposta, 'O Nada no Caos Infinito', onde nos fas pasar pola fraga, a noite, un día, outra noite en desesperación, ata chegarmos a unha casa na que ferve un caldeiro. Todo isto seguindo as letras do disco. Teñen un senso de camiñar, de movemento, ou a orde non foi programada?
 
A orde das cançóns foi programada uma vez forom compostas por separado. Algumas delas remateinas durante a própia gravaçom, como "Perdido no abafante silêncio da angústia" que tem muito de improvisaçom no momento; outras tenhem melodias e harmonias bastante anteriores, como "Na infame terra dos miseráveis", ou "Nesta hora de pálida saudade", que já registrara o outono passado num ensaio; incluso há uma, "Do insondável e abismal empíreo", cuja letra escrevim a partires do maravilhoso desenho que Brais Remeseiro Portela fez prá cinta. Uma vez escritas e, como digo, com algumas já registradas ou em processo, foi quando fixei uma ordem tendo em conta mais o aspeto sonoro que lírico, de como queria que fosse a evoluçom de velocidades e intensidades, ambientes e sensaçóns, pra unir num todo várias partes tam diferentes e em princípio inconexas.
 
En 'A essência do Abismo' atopabámonos cun percorrido pola fraga, paralelo a outro interior, nunha gama contemplativa dende a beleza ata o afundimento, pasando pola loita. Neste 'Nada' o camiño céntrase mais nesa dimensión escura do camiñante, que non parece atopar motivos belos de contemplación, nin no ceo nin na terra. Mais segues falando da esperanza, inda que estea agochada no mesmo Abismo aterrador. A impresión duns cantos escuros xa aparece con esa portada tan curiosa.
 
Nom es a primeira persoa que atopa e sente uma certa esperança na música do XERIÓN. Cecais tenha que ver com serem cançóns compostas a modo de catarse persoal, nadas duma profunda necessidade de serem plasmadas em sons diferentes sensaçóns, pensamentos e visóns persoais que geralmente tenhem que ver com aspetos negativos da minha existência. Mais que no fundo agocham um anseio, uma busca de superaçom e crescimento persoal que, dum jeito ou doutro, amossam essa certa esperança em seguir o caminho que a Negra Sombra tenha traçado, algo ao que ajuda infinitamente a contemplaçom da Luz no infinito da Noite...
 
 
Este sexto álbum é de dixestión pausada, é dicir, a min costoume meterme nel, parecíame como un caixón de recordos revoltos que, con cada nova audición, iban coincidindo ou diferenciábanse moitísimo uns de outros. Lonxe de ser un álbum de consumo ou disfrute rápido, semella que queres que lle demos tempo e que non nos fiemos da primeira impresión. Podes compartirno un pouco do que hai dentro de ti á hora deste novo "afam de experimentaçom (que também), froito de um processo estético e ideológico"?
 
Quando rematamos de gravar "A essência do Abismo" sentim a necessidade de fazer algo mais primitivo e singelo á hora de registrar as cançóns, sentimento que se incrementou ao rematarmos o EP "Derradeira saudade na lua lânguida" o passado outono. Começou a rondar-me pola cabeça ate que punto influem os límites concetuais (sobre tudo sonoros) nos que deve de mover-se o Metal Negro, e, já que logo, as opinións alheias sobre o nosso trabalho.
 
Quando comecei há quase vinte anos no XERIÓN escrevia o material pensando numa banda real formada por bateria, uma ou duas guitarras, baixo, teclados e voz, com eventuais instrumentos tradicionais e/ou antigos. Mais estava eu sozinho, gravando tudo com médios rudimentários e coa ajuda duma caixa de ritmos. Pouco a pouco, e naqueles primeiros anos, fum dando passos pra lograr o ideal que duma banda tinha na minha mente, tanto a nivel formaçom (coa incorporaçom doutras persoas ao projeto) como a nivel técnico (fazendo-me com milhores médios tanto pros diretos como gravaçóns), e achegar-me assí a ele sem perder uma certa identidade. Até que punto foi consciente ou inconsciente, nom o sei... mais si que, no fundo, essa foi a minha linha de trabalho.
 
Mais, pensando bem nelo, nom deixa de ser uma certa impostura, sobre tudo nos últimos tempos nos que somente quedamos Daga e mais eu, coa contínua colaboraçom de O Rei Celta No Exílio quando o requerimos. No quarto álbum "Escárnio, Maldizer e Morte" fizemos uma primeira aproximaçom reduzindo aos mínimos elementos a sua gravaçom pensando no direto: guitarra, teclado e voz... e ainda assí gravei por separado a bateria...
 
Desta vez tocava dar um último passo, e fazer um álbum pensando, por um lado, numa caixa de ritmos co seu som artificial e mecánico, nom numa persoa hipotética e ideal; e polo outro, nos mínimos elementos pra cada cançom, evitando tudo o supérfluo na busca de cadansua ideal essência. E tudo ele cum som rudimentário e primitivo, em muitos casos com médios demasiado singelos e à primeira toma, incluindo sons ambientais nom buscados mais que, bom, aparecêrom aí, e aí quedárom...
 
Sei que muita gente, incluso alguma que gosta dalgúns trabalhos anteriores do XERIÓN, nom vai a escuitar mais duns poucos segundos, bem pola sonoridade tam ruda e nalgúns momentos desagradável, bem no momento no que ouva a caixa de ritmos, bem polo cecais desconcertante de tudo ele... Bom, este álbum nom foi composto pra elas... nim sequera está composto pra ouvir em qualquer momento...
 
Mais bem é certo que, a dia de hoje, creo que é o mais preto que esteve do meu ideal do Negro Metal da Morte...
 
Tódalas fotos foron xentilmente cedidas para o seu uso aquí por Nocturno.
 

martes, 25 de agosto de 2020

Regar en Louredo

Ando estes días a compartir a transcripción da novena de Louredo a san Xoán.
Pensando que facer, durante o confinamento pola pandemia, repasei os textos e actualicei unha versión que realizara hai uns anos, que modo que reflexase, practicamente de modo literal, o texto usado na parroquia. Este úsase como preparación para a solemnidade da natividade de san Xoán bautista. Pero non hai novena, sacando algún ano que se fixo, durante agosto. Como o patrono ten dúas festas, é cousa de recordalo e retomar o texto da novena, por se alguén a quere rezar desde a súa casa.
 
Pois ben, pensando noutros textos que compartir, tomei este fragmento dun borrador que titulei 'Augas de Louredo'. Unha vez que teña fotos das diferentes pozas, pozos e fontes do pobo, penso que o podo publicar neste ou o outro blog. Como adianto, comparto unha forma curiosa que gastaban os nosos maiores para controlar a quenda de augas e unha historia dun que roubaba auga de rego ós veciños... e que non houbo quen o puxera no sitio.
 

Como se regaba en Louredo?

Á hora de regar en Louredo, como se sabía cando che tocaba? Porque unha mesma poza podía estar dividida entre varios veciños. Ás veces estaba moi dividida, así que se lle prestaba moita atención a que o outro non che levase auga da túa quenda. Eso se non te puñas de parola e se che  pasaba. 

Como saber cando che tocaba? Recordo, e pregunto a meus pais por se acaso, como se facía na poza da Lama. Collíase un milleiro e uns pauciños. Todo esto servía como marca de altitude para medir os turnos e a cantidade de auga. O milleiro, vertical, era atravesado, en parte, polos pauciños; un enriba doutro, a diferentes distancias. Cada tramo era un turno. O milleiro apoiábase nunha determinada pedra da poza e íbase consultando para saber cando remataba un e comenzaba o outro. 

Como se establecía cada intervalo? Cunha folla de milleiro. Dobrábase tantas veces como turnos, tendo sempre en conta se tiñas un, medio ou un quinto. Mediante as dobreces botábase conta e medíase a altura de auga. Non faltaron as trampas. Unhas veces o que collía o milleiro non o apoiaba de todo na pedra, ou facíao cunha lixeira curvatura. A cousa era arrepañar auga con trucos así. Claro, era de vital importancia que a poza tivese auga en abundancia, de modo que chegase para todos. De aí a preocupación por ir ver, ás veces o día antes, que a boca da poza estivese ben pechada. Para elo tirábase de terróns e pedras, evitando a saída da auga. Tamén procuraba un pechala ben despois de usala. Todos o facían? 

 Unha aparición deste mundo

Curiosa historia dun pillabán que se saíu ca súa

Ben, sempre hai pícaros e algún ía regar cando inda era de noite. Auga non sempre había dabondo e mirábase moito polo cumplimento dos turnos. A algún chamábanlle a atención e a outros, cun xenio revirado, como non había maneira de cambialos, decidíase darlle un escarmento

Así, a un que iba regar de noite, houbo quen pensou como polo no sitio: iría cunha saba enriba e asustaríao. Alá se cubríu e foi cara o malfeitor, calado. Cando o regador se deu conta da forma branca que o asexaba, parou a tarea, mirou pa ela e preguntoulle quen era. O outro, calaba. Pasaron os segundos e ninguén se movía. O primeiro volveu preguntar quen era, e volta o silencio como resposta. Así que, canso, colleu a ferramenta e amenazou á aparición, conminándoa a que falase, fose deste ou outro mundo, ou levaría unha boa malleira. Ante o cal, o veciño pantasma tivo que fuxir, pondo terra por medio... E o outro seguíu ca tarefa, tan pancho.

sábado, 22 de agosto de 2020

Entrevista a Antonio J. Asiáin por su BSO para 'La virgen descalza'

Entrevista a Antonio J. Asiáin por su BSO para 'La virgen descalza'

Muchísimas gracias por colaborar con esta entrevista y contarnos los entresijos de la formación de la banda sonora del corto 'La virgen descalza'. Como es la primera vez que entrevisto a un músico que se encarga de una banda sonora, comienzo por el inicio:  

¿Cómo comenzaste tus estudios y tus primeras obras musicales? 

Comencé a estudiar piano desde muy pequeño y también a componer pequeñas piezas para piano. Las bandas sonoras llegaron relativamente tarde, hará unos 10 años. Previamente, estuve componiendo música terapéutica y de New Age: mi primer Disco ¨Nivel Alfa¨ fue publicado en 1997 y a este siguieron otros tantos, en un proceso compositivo de evolución estilística, hasta hacer el número de 17 trabajos discográficos y un catálogo en la actualidad de más de 1000 obras compuestas y registradas. 

Antes del corto, ¿conocías o tenías trato con Lone Fleming? ¿Qué tal fue trabajar con ella?

Conocí a Lone a través de la directora Diana Caro, que contactó conmigo para hacerme cargo de la composición de su cortometraje ¨La casa Gris¨ ya que el compositor que tenían no terminaba de encajar el proyecto. Desde ese momento la relación con Lone fue muy fluida y fácil, hasta desembocar a día de hoy en una verdadera amistad. Con Lone me resulta muy cómodo trabajar, nos entendemos a la perfección. Me reuní con ella y Sandra Alberti en un par de ocasiones en Zaragoza, para ir trabajando diferentes aspectos del corto. Acudí al rodaje en Úbeda y Sabiote, para estar más metido en el ambiente, con todo el equipo, actores, técnicos, etc.. y fue una experiencia muy reveladora e inspiradora. Posteriormente, Lone vino a mi estudio de Toledo en varias ocasiones para supervisar el avance de la composición.  

Tu banda sonora es delicada, con breves momentos en que la tensión de los instrumentos carga el ambiente y nos predispone a emociones fuertes. ¿Cómo la realizaste? ¿Hay que esperar a tener el corto listo o ya comienzas a componer con el guion delante?    

Generalmente, me pongo a componer cuando tengo el montaje de la película finalizado. De esta manera en los bloques temáticos, donde la música es más programática y descriptiva, se consigue que la música pueda adaptarse al ritmo narrativo de las imágenes como un guante, en sincronía con todo lo que aparece en la pantalla.

Tus temas no solo me emocionaron, pues apoyan bien las escenas, sino que me evocaron  un tiempo pasado, en sintonía con las localizaciones y las vestiduras. Si cierro los ojos me transporto incluso sin necesidad de ver. Hoy en día hay mil opciones desde el mundo digital, debidamente manipulado por el arte de un buen músico. ¿Tú trabajaste solo o con otros? ¿Escuchamos instrumentos físicos o todo es fruto de un buen uso de técnicas digitales? 

En esta banda sonora, como en la  mayoría en las que he trabajado, he estado solo. Todo lo que se escucha en ella son instrumentos sampleados digitalmente, incluyendo la voz humana. Si hubiese presupuesto para grabar con Orquesta, obviamente el resultado sonoro sería espectacular, pero hace falta mucho presupuesto para ello y en los cortometrajes no es viable. Así que toda la banda sonora está grabada en mi estudio con medios digitales. 

Finalmente, te agradezco tu paciencia y tus respuestas, ya que es la primera vez que desentraño parte de los secretos de la formación de una banda sonora. ¿Tienes más a tu cargo?

Cortometrajes he musicalizado 40. Luego, tengo más de una docena de documentales y varios trabajos de publicidad. En el siguiente enlace a mi canal de YOUTUBE podéis escuchar algunos de ellos y más de 100 obras de diferentes estilos. 

Hay una lista de reproducción dedicada a las bandas sonoras: 

https://www.youtube.com/c/AntonioJes%C3%BAsAsi%C3%A1in/videos  

Y en mi página web podéis escuchar los 17 trabajos discográficos:

https://namasteasia.wixsite.com/antoniojasiain

jueves, 20 de agosto de 2020

El buque maldito #31

El buque maldito #31

Una cosa que me llamó poderosamente la atención de 'El buque maldito' #31 fue su portada. El rostro de José Luis López Vázquez aparece dentro de la cabeza de un lobo de perfil, amén de en las dos "o" de la palabra "Lobishome". Un precioso homenaje a un cartel perdido de una película que iba a llamarse 'El bosque del lobo', dirigida por Pedro Olea. La descripción nos la da el mismo realizador en la entrevista que le dedican en este número. Leemos en la página 14: En las dos letras "o" incluyó el rostro de López Vázquez dibujado. Y la imagen principal era la cara de Vázquez dentro de una cabeza de lobo. Pero sucedió que no podíamos poner ese título a la película. Posteriormente, surgió el título de la novela, El bosque de Ancines, pero yo no quería, era muy raro, y al final El bosque del lobo. ¿Sabes que me cabreé con el novelista?. Anímense y lean el resto, que no tiene desperdicio y podrán comprender lo que aquí queda en sombras. 
 
Sí, sí, Juan Pardo... y Junior
Este número tendrá más entrevistas, dando la mayor parte de sus páginas a ellas, reduciendo el dedicado a la crítica cinematográfica. Démosle un vistazo.


La primera es la de José Lifante, que nos revela que comenzó en la Escuela de Arte Dramático de Barcelona y debutó en el cine, como actor, con 'Los atracadores' (1961) y 'Juventud a la intemperie' (1961). Uno de sus papeles más recordados es bajo la batuta de Jordi Grau, con 'No profanar el sueño de los muertos' (1974). Comenta que el director tenía la película clarísima y que facilitó mucho el trabajo de los actores, además de quedar complacido con la obra resultante. El repaso de otras películas, su paso por el teatro y una valoración general de su carrera cierran esta enjundiosa entrevista. Me quedo con las ganas de ver un título que desconocía: 'La perversa caricia de Satán', cuyo cartel reproducen en la página 8.
 
 
La que sí vi es la siguiente: 'El bosque del lobo', dirigida por Pedro Olea, 1970. Tres páginas bucean en su puesto dentro de la filmografía y gustos del director, centrándose en la busca de las raíces del miedo. Dan pie a una larga y magnífica entrevista con el realizador vasco, de la que puedo sacar alguna puntilla y que no deberíais dejar de leer. Así, nos enteramos que su gusto por el cine fantástico le viene de pequeño, así como por la brujería. De hecho, sus títulos en el fantástico surgen de hechos históricos o leyendas populares con un trasfondo mágico. Eso pasa con su 'El bosque del lobo', basada en la persona de Romasanta, un hombre acusado formalmente ante la justicia de ser un hombre lobo asesino. La película es una adaptación de 'El bosque de Ancines', novela de Carlos Martínez-Barbeito. El novelista realizará el guion, tras renunciar Camilo José Cela al proyecto. Del protagonista, López Vázquez, leemos alabanzas, además de un reconocimiento a su magnífica caracterización. No es la única obra que toca, sino que nos pone en contexto para sus 'Anabel' (1964), 'Juan y junior... En un mundo diferente' (1968), 'La casa sin fronteras' (1972)... Un repaso a ilusiones, encontronazos con autores y la decadente Censura, además de proyectos realizados en nuestros días, como pasa con 'Zonbi eguna' (2015). No nos dicen nada de la foto de rodaje de la página 15, pero poco costaría ir a ver si es la iglesia de Santa Baia de A Bola, situada a un paso de la estrecha carretera de Celanova a Allariz. En la primera villa quedó un recuerdo de las filmaciones por la zona en forma de una plaquita, también fácil de encontrar, a pocos metros de la plaza Mayor y convento rosendiano.

 
Pasando la mitad del fanzine llegamos a la entrevista a Silvia Aguilar, que reviste una importancia de primer orden desde que nos avisan que es una mujer poco dada a estos menesteres. Comenzando por sus inicios y llegando a los títulos de contenido picantón, Silvia desvela que fue una época donde hizo lo que le ponían delante, pero que ella salió de ese circuito en cuanto pudo. Culpa a su representante de haberla puesto en una tesitura que ella no deseaba. Una popularidad que saltó a las revistas, pero de la que reniega hoy: Esa fama no correspondía con mi personalidad. Cuando veía la imagen que proyectaba en esas revistas no me identificaba, confiesa. Por eso, en cuanto pudo, se dedicó a labrar su carrera con otro estilo... Sin su representante ladino. Su nueva etapa queda marcada por los cortometrajes, las películas con Paul Naschy y su marcha de España, abriendo una etapa donde es el teatro quien manda. Eso sí, recalca sus buenos recuerdos, alaba a Naschy y le queda tiempo para emocionarse ante los nuevos fans de sus personajes pasados.


Antes de dos nuevas entrevistas hay espacio para un vistazo a 'Alien 2 sulla terra', dirigida por Ciro Ippolito, 1980. Es una sola página, pero te anima a ver una película que cualquiera podría denostar. Y no solo eso, sino que valoras un título que fusila el 'Alien' de Scott, pues se convierte en nueva fuente de influencias. De paso, te comentan que Scott fusiló 'Terror en el espacio', dirigida por Mario Bava, 1965.


De Bava y 'Alien 2 sulla terra' Habla el director Ciro Ippolito en la página siguiente. ¿Sabía usted que el título antes mentado se lo ofreció Ciro a Bava y este le respondió con un "¿Por qué no la diriges tú?", marcando un salto cualitativo en la carrera de Ippolito, que así se estrenaría como director, tras ser actor, guionista y montador. Primera y única película de terror que rodó, en el momento de la entrevista.


Las últimas páginas se centran en otra entrevista, esta vez a Marta May, nombre artístico que le impusieron el director Elorrieta y el guionista de Urrutia: Marta, porque no había actrices españolas en activo con ese nombre, y May, como fruto de la eliminación de letras de su apellido, Mayor. Comenzó en televisión y llegó al cine tras el teatro. Su entrada en el fantástico se produjo con 'Presagio', dirigida por Miguel Iglesias Bonns, 1970 y su salida del cine con 'Las edades de Lulú', dirigida por Bigas Luna, 1990.

El último aporte de este 'El buque maldito' se lo dedican a John Carpenter y su paso musical por SITGES.

jueves, 6 de agosto de 2020

Entrevista a Luisa Torregrosa tras 'La virgen descalza'

Muchísimas gracias por compartir un rato con nosotros y hablarnos de tu participación en el corto 'La virgen descalza', ópera prima de Lone Fleming como directora. Recientemente, me he detenido en tu personaje, por eso necesitamos conocer ahora tu perspectiva.

¿Qué relación tenías con ella y cómo entraste a trabajar bajo su dirección?

Conocía a Lone por su trabajo como actriz, siempre me fascinó esa mujer, creo que he visto casi todas sus películas. De repente un día contacta conmigo, había visto uno de mis trabajos y pensó que cuadraba en el papel de la tía del que iba a ser su primer trabajo como directora "La virgen descalza".
Quedamos en Rosa de Madrid, la tienda de ropa maravillosa de Sandra Alberti, de la que supe después que se iba a encargar del vestuario y que estaría en el reparto...casi nada...

Entre Lone y yo hubo una especie de flechazo, hablábamos y el entusiasmo se desbordaba. Ella es enérgica, fuerte, sensible y muy exhaustiva con lo que respecta al trabajo. Ya en ese primer encuentro me enseñó parte del storyboard que ella misma había hecho, unos dibujos fantásticos, me contó dónde se iba a rodar. Me habló con seguridad y al mismo tiempo humildad. Con todo eso y sus ojos verdes chisposos quedé hechizada, así que en momento dije que sí y feliz de haberlo hecho.

Tu personaje me fascina por su exquisitez, la calma y fluidez de sus gestos y expresiones. Transmites a una mujer que manda, que se mueve con delicada firmeza en su casa. ¿Cómo te preparas para un papel así? ¿Tuviste libertad para definir su carácter?

El personaje de la tía me pareció atractivo desde el principio, la visualicé. Un trabajo de época en el que el lenguaje corporal cobraba mucha importancia. La forma de expresarse, pensé que de entrada mi forma física podía enriquecer a este ser (jajjaja).

Lo que hago, mi trabajo es la performance, piezas contemporáneas que se alejan de este tipo de interpretación, así que me pareció que sería una buena experiencia. Con el guión en la mano la tía cobró vida en mi mente, su caminar, su forma de hablar, la maldad en su mirada, su gesto altivo y seguro. Contenida, amargada y una diosa manipulando. Me gustan las malas, las transgresoras, de época o contemporáneas.

Tuve plena libertad para manejar al personaje, Lone como actriz sabe cuando una interpretación es rica. Ella daba unas pautas claras y yo dejaba que la tía saliese. Había confianza mutua y eso se nota en el resultado.

Quedan en el aire incógnitas sobre ella. Por ejemplo, yo me pregunto cómo reaccionó ante las visiones en la iglesia, en el momento de la boda. ¿Grabasteis más escenas que las que vemos en la película o Lone tenía todo claro y definido desde el principio?

A nivel interno, ante las visiones que se dan en la iglesia, pensé que la tía de alguna forma ya se enfrentó en su momento a ellas. La época marcaba una relación con la religión bastante intensa. La tía intelectualmente es poderosa, fuerte. En cierta forma expía la culpa viviendo con esas visiones.

Enlace sin censura, en el que desarrollo mi trabajo con total libertad. Yo detrás y delante de la cámara. También puedes seguirme en mi cuenta de Instagram.

domingo, 2 de agosto de 2020

Luisa Torregrosa en 'La virgen descalza', corto de Lone Fleming, 2019

Luisa Torregrosa en 'La virgen descalza' (2019)


'La virgen descalza' es el primer corto dirigido por Lone Fleming, a quien, generalmente, conocemos por su faceta de actriz, aunque tiene otra menos conocida de escritora, dibujante... de artista, por hablar rápido y bien. Es una mujer que no para, a la que no faltan nuevos proyectos en el cine.


En este corto ella dirige, y comentó que hasta sopesó actuar también, pero vio que no, que lo mejor era centrarse en dirigir. Y bien que le ha salido. Su ayudante de dirección, Lucas Hidalgo, tiene mucho peso a la hora de concretar esta joyita, y es que fue él quien propuso ambientaciones y actores, tras hablar con Lone y descubrir su idea para un corto. Entre otras, fue quien le propuso a Luisa Torregrosa, a la que Lone pronto echó el ojo y dijo: ella, ¡perfecto! Luisa, por su parte, me comentó que Conocía a Lone por su trabajo como actriz, siempre me fascinó esa mujer, creo que he visto casi todas sus películas. De repente un día contacta conmigo, había visto uno de mis trabajos y pensó que cuadraba en el papel de la tía del que iba a ser su primer trabajo como directora "La virgen descalza". Quedamos en Rosa de Madrid, la tienda de ropa maravillosa de Sandra Alberti, de la que supe después que se iba a encargar del vestuario y que estaría en el reparto...casi nada... Entre Lone y yo hubo una especie de flechazo, hablábamos y el entusiasmo se desbordaba.

Así comienza a andar el personaje de la tía malvada del corto.

La mano de hierro bajo un guante de seda


La tía es una bella viuda que domina su casa con mano firme y modales refinados. Su marido era un marino manirroto, que seguramente la dejó con escasos bienes. Ella es una mujer hecha a sí misma, fuerte, con un sutil magnetismo, de fluidos gestos y sonrisa gentil. No es la típica mala que descubres por sus arrebatos de ira o sus gestos exagerados, que nadie ve, sino que es una malvada donde conviven autoridad y ternura, control y calidez humana. Solo en dos momentos sufre sendos encontronazos con la frustración y ni siquiera se descompone, sino que mantiene el tipo, mientras se recompone: con el gesto de arrancar el vestido de novia de manos de la aya y con su cara seria tras la sonrisa al padre del barón.


Siendo el ama de la casa, vive con su joven sobrina, próxima a desposarse con un joven barón, de ánimo apocado y manipulable, pero de buen corazón, y su ama de llaves, una señora mayor que se ha convertido en la madre de la joven Laura. Su matrimonio fue concertado por la tía, lo que supone tierras y dinero para aquella. Pero ha sido pensado con vistas más allá. No es el típico enlace de jovencita con señor mayor rico, sino que el prometido es joven, adinerado, aunque un tanto tontito. ¿Es quizás el hijo único, o el primogénito, que ha sido mimado, pero dispone de poco mundo y entendederas? Laura llega a reconocer que no es mal hombre, aunque sí un tanto aburrido. Estos detalles nos desvelan que la tía mira también por el bienestar de la sobrina, de paso que ella saca unos buenos réditos. Si fuera una mala malísima seguro que otro gallo cantaba. Esa ternura de la tía también se nota en cómo protege a la sobrina la noche de vísperas de la boda y en el gesto de acompañarla un rato, diciéndole que su vestido es precioso y que su madre estaría orgullosa de ella. Para nada vemos que haya gestos o tonos de voz donde podamos leer engaño en sus declaraciones.

El personaje de la tía me pareció atractivo desde el principio, la visualicé. Un trabajo de época en el que el lenguaje corporal cobraba mucha importancia. La forma de expresarse, pensé que de entrada mi forma física podía enriquecer a este ser (jajjaja). Con el guion en la mano la tía cobró vida en mi mente, su caminar, su forma de hablar, la maldad en su mirada, su gesto altivo y seguro. Contenida, amargada y una diosa manipulando. Me gustan las malas, las transgresoras, de época o contemporáneas, me comenta Luisa, que se sintió encantada de realizar el personaje y que descubrió en Lone una directora con las ideas claras y que concedía amplio margen de actuación. La misma Lone me comentaba que ella tenía su imagen de cómo y quién debería ser la tía y que Luisa la encarnó, "lo clavó", y que "es una profesional como la copa de un pino". Tuve plena libertad para manejar al personaje, Lone como actriz sabe cuando una interpretación es rica. Ella daba unas pautas claras y yo dejaba que la tía saliese. Había confianza mutua y eso se nota en el resultado, dijo Luisa.

Un juego de miradas y una confesión exclusiva de la directora

Aunque no se realice ningún plano cercano o centrado en sus ojos, la tía transmite muchísimo con ellos, con la expresión facial en conjunto, pero con ellos especialmente. Y son sus ojos los que juegan con el barón, con rápidas miradas a sus escrituras (por cierto, precioso pergamino, tal como se constataba tantas veces en tiempos antiguos escrituras y foros), a su dinero, a él, sin dedicarle a ninguno demasiado tiempo. El justo para recibir y ordenar. Un maravilloso y sutil juego de control y manipulación, que deja claro quien manda y no resulta especialmente hiriente para el sumiso (¡hasta podría hincharse por haber recibido esos instantes de atención por parte de tal dama!).

Si así se las gasta con el inexperto barón, no se arredra ante su padre, que acude a la boda. Es un señor mayor, hosco, de oscuros ropajes. ¿Qué conseguiría él con tal matrimonio? ¿O es que ha tenido que acceder a los deseos de su hijo consentido y no está muy de acuerdo con los mangoneos de la señora? El caso es que está solo en el banco de la familia y va a ser el objetivo de la planificadora tía de Leonor. Lone me desveló dos detalles respecto al señor que encarna a tan huraño anciano: que fue un personaje que surgió sobre la marcha y que es el dueño del lugar donde se grabó la escena. La directora le vio potencial, basándose en su misma fisonomía y conducta, así que le invitó a aparecer con un pequeño papel. La verdad es que le da empaque al cuadro de la boda y nos permite vivir una escena más de la tía de Leonor.

Es la primera vez que lo digo, me comparte Lone, pero esa escena es un paso más de la señora para ser más rica. Es decir, la mirada que le dirige al padre del barón no es una simple mirada de saludo, sino una invitación a cortejarla. ¡Es una mirada de seducción! Al hijo ya lo atrapó, ahora va también a por el padre. Sin embargo, menudo corte se marca el hosco padre. La señora, en edad madura, pero elegante, refinada y bella, es rechazada con la misma rapidez con la que ella seduce. Es una lucha breve, incisiva, que se resuelve e unos segundos, pero que va cargada de intenciones: el deseo de la dama, la indiferencia del varón. Todo ello, a espaldas de los novios.

Ropaje y música, envoltura y silencio

Siendo, como es, una mujer de recursos y que no rehúye el filtreo, si es preciso, la tía de Laura viste con recato y elegancia. Ni siquiera vemos su cuello, preciosamente adornado con una cinta de encaje. Un maravilloso trabajo que viene de la mano de Sandra Alberti (que actúa un doble papel en el corto) y su equipo textil. Una sorpresa más que desvela el mundo interior de la directora: para una mala y bella mujer no necesita mostrarnos a una chica despampanante ni mostrarnos (¡ni apenas sugerir!) las lindes de su anatomía. Nos ha regalado una mala seductora que ni se muestra impúdicamente, sino vestida recatada y elegante, sin emperifollamiento ni adornos excesivos; una señora, con todas las letras, con imperio, con experiencia de vida, que es bella y se cuida, que te atrae y mantiene a raya con su voz y rostro… no necesita más. No han tenido que sacar del ropero ni algo vistoso y deslumbrante ni marcarse un escote de escándalo. Son detalles que Lone ha medido y develan su sensibilidad a la hora de montar un personaje. Esto va en consonancia, por ejemplo, con el detalle de darle a Leonor un esposo de su edad y que no sea un machito ante ella. Otros podrían pensar en la típica historia de viejo rico con joven casadera, con una tía despampanante detrás.


Luisa Torregrosa en el corto 'La virgen descalza'

Si Sandra Alberti nos viste a Luisa Torregrosa, A. J. Asiáin nos crea un ambiente en torno a ella… ¡con silencio! Y es que, generalmente, cuando la tía entra en escena, la música se apaga. No de repente, sino que suena unos segundos y solo queda el silencio musical. La presencia y la voz de la señora son todo lo que necesitamos. Sus expresiones faciales, fluidas, contenidas y ágiles, junto a los tonos de voz, marcando límites y ordenando, o alabando y animando, son toda la banda sonora que la envuelve. Decía un viejo profesor mío que la música es el arte de combinar el sonido con el tiempo… el sonido y el silencio… Y qué bien lo hace aquí Asiáin con su banda sonora sentida y su silencio en torno a la dama de la casa. Yo me imagino que es un eco de lo que nos sucede cuando estamos ante alguien atractivo (por el motivo que sea), que el ambiente se desdibuja y la persona cobra una importancia suma en nuestra atención. Mientras que otros personajes y acciones se revisten de la magia musical de fondo, aquí solo se precisan unos sones finales y el silencio devoto.

Más allá de ‘La virgen descalza’

Lone no para y tiene en archivo varios guiones que le encantaría llevar a la práctica. De hecho, me comenta en exclusiva para este blog que quiere volver a juntar a Luisa Torregrosa y Laura de la Vega. Su idea es que sean las protagonistas de otro corto. Estaríamos ante una historia de maltratos que las une y las hace más fuertes juntas. ¡Lo esperamos con ganas!